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Mostrando postagens de fevereiro, 2007

Nu Seco

Meu passado é um céu cinzento De prótons e nêutrons, de sonho e de pó. Triste fim é o da escuridão Um pé ta solto, o outro não. Vingança é um sistema de andança Que a gente corre por dentro, corre por fora Um teto é um soco, uma grade é um saco. Senso para o terror, minha cabeça não pensa Age no compasso do laço, é um vão sem céu. Uma taça de vinho compensa o sangue chorado. Um pensamento é um tento para o inalcançável Não sou torto como nasce um tronco Me finjo de torto, me faço de morto Mas meu fardo eu carrego no peito Sei do defeito, sei de mim. Agora é só um fragmento Um teco de realização outro de pão. Vivo um dia de cada dia, vou com calma, vou com a alma. Um sábado qualquer vou ver um vento de viés e frigidez. É um beijo de adeus que completa o perdão, pois sou fato e ficção, poesia e canção. C.C.