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Mostrando postagens de 2007

Reveilão em SP - parte 1

To aqui em casa escrevendo. Quem diria? É difícil pra mim imaginar todo mundo na praia, tomando aquela caipirinha gelada com sol à pino, as crianças brincando e sorrindo, os adultos fingindo ser crianças e o pior, minha família ta toda lá. Aqui fiquei com minha outra família, mas nunca é igual. Fico pensando na meia noite e na hora em que todos vão se abraçar chorando o ano que passou, as coisas que perdemos e outras que ganhamos, as pessoas... Mas por outro lado ficar em casa favorece a reflexão que ajudará enfrentar o próximo ano com mais planejamento, mais objetivo. A tristeza que sinto às vezes me faz lembrar de que as mudanças são bem-vindas, traz experiência. Tenho um mês cumprido por conta das férias de minha chefe no começo do ano. Tenho que conseguir resolver minha faculdade. Mas voltando a praia, então, ta mó legal lá, mas eu to aqui. Rs. Aqui tenho perto minha esposa e minha filha, mais perto. Quero aproveitar pra escrever o que eu pensei em escrever. Vou concluir o projeto

Sou

Invento tanto que nem vejo o que escrevo. Vejo que passou o tempo de reler, mesmo assim releio. Testo meu sexo num balde de gelo e rock n roll. Vou indo em direção ao buraco negro da minha alma que permeia o sentido de ser e fazer, atitude e inércia. Vivo tentando me provar que posso fazer aquilo que não muda nada. Sim, sou capaz, e daí? Daí que isso é muito chato. Daí que minha vida não vai a lugar nenhum sem eu - Assim espero. Daí que eu tenho mil motivos pra satisfazer-me com o que tenho e não tenho nada do que quero. Daí que eu quero mudar de casa e viver a vida que pensei viver nos idos dos meus doze anos. Como eu era inteligente! Como poderia ser tão inteligente naquela época e hoje sou tão burro!? Daí, que o que não faz sentido pra mim não fará mesmo que você queira. Daí, que minha vida não te interessa, mas te influência e te converge em algo que não quer saber. Daí que isso é muito importante. E daí que fico de cuecas fumando na lavanderia e meu apartamento é no térreo? E daí

Revivendo

Em meio a tantos compromissos de férias quase ia me esquecendo deste blog e de tudo o que ele já carrega nas costas com quase dois anos de existência. Faço nos intervalos de descanso e de curtição nas férias alguns compromissos literários que quero assumir e encaro aqui a dificuldade de tê-los em conta na realidade de apresentar algo realmente significativo em tantos projetos que desenvolvo. Tenho a Casa da Lenda que é mais antigo e mais rústico, tenho um livro em andamento com linhas de José Saramago e também uma peça de teatro infantil que devo começar hoje. Embora nada disso tenha muito a ver com meu lado jornalista, minhas letras darão mais vida à minha própria. Às vezes quero criticar minha própria crítica elaborando uma rotina de redações. Às vezes tenho que me lamuriar diante tanta perda de compromissos desses que assumo como projeto. Quando volto para cá me sinto um pouco em casa e em contato com algumas pessoas que ainda lembram que escrevo neste blog. Não faço aqui nenhum ape

Melancolia, eu quero uma pra viver

Hoje eu acordei assim, preso num passado distante revigorado pela chuva fina e o dia escuro que se fez. Um sentimento esquisito que não diz nada demais, mas que também faz você querer voltar à cama como que se fosse possível reverter esse sentimento para algo melhor. Tenho raiva desses dias, tenho vontade de chorar, tenho vontade de esquecer o passado que insiste em viver grudado como um fantasma que quer de tempos em tempos reviver no meu presente. Quando isso acontece fico pensando no que está errado, ou o que está acontecendo para eu me sentir assim. Aos poucos vou deixando algumas lembranças passarem na minha cabeça, como o dia que completei três anos. Na ocasião, meu avô Oriovaldo tinha uma câmera, e não se assustem, daquelas que tem manivela para rodar, e ficava tentando me filmar e eu chorava feito louco porque não queria, e todo mundo lá fora cantando o ‘parabéns a você’, e eu me escondendo numa lavanderia fria que cheirava cândida e mofo. Por isso, talvez, até hoje não goste d

Estrelas de lágrimas

O Frasco vazio é o fiasco que outrora, Encheu de preguiça uma tarde cheirosa. Deitado num canto quieto e sereno, As madeixas escorrem ao sol de dezembro. Um vinho suave no beiço é o beijo, D'orvalho que paira na curva do tempo. Deseja o desejo de ser desejada, Almeja o toque leve; ou uma palmada. O frio agora não tarda a lembrar, O passado se esconde, ali, naquele lugar. A Janela vazia, molhada, trêmula, O caos de si mesma, a tempestade a invadi-la. Não é a solidão, não é a apatia. É talvez o desfecho, ou seu próprio desleixo. É um nó, é um só. É o breu que bebeu.

CHUVA TRISTE

Olha a chuva que cai triste na janela Quem é ela? Quem é ela? Acho que estou gostando de alguém, Acho que estou vingando um desdém Não tenho paciência para a tristeza Vivo cada dia pensando na beleza... Minha da dela, um sopro, uma loucura, um ponto sem fim, um poema sem rima. Passo assim as tardes chuvosas de domingo. Vendo um pedaço de mim se desprender, para alcançar um outro. Vejo meu corpo em fragmentos de pensamentos, Vejo olhos tristes nos meus, vejo uma luz fosca me embriagar, quero sair, quero mudar. Não tenho mais os anos que se passaram, Não tenho um sonho sequer de minhas fugas insólitas por labirintos existenciais. Tenho medo do futuro frustrado, tenho medos demais. Tenho a vida como um rio de águas turvas e turbulências inesperadas, mas meu passo é reto de tão torto. Não deixo mais meu passado ecoar... Não quero mais me esquecer de amar... Estou perto de dizer uma palavra que escapa, tenho três livros mudos... Vivo imundo, cheio de pecados que me lavram como um instrument

Minhas meninas, minha vida!

Imagem
Faz tempo que não falo de minha vida com meu blog, mas hoje vou abrir uma exceção especial. Vou falar de minha família. Faço hoje sete anos de casado. Isso dá vontade de chorar, por dois motivos, e ambos de alegria. Primeiro porque minha esposa é realmente especial, por tudo que é, por tudo que fez por mim, e por tudo que faz por nós, isso me deixa feliz demais. Felicidade que emociona, felicidade que me coloca em outro patamar de ser humano. Em segundo, que deste amor incondicional nasceu nossa filha que em dezembro completa 4 anos. Vejam, duas mulheres, duas vidas que nada mais são que a minha própria. A pequena está agora do meu lado fingindo escrever algo que já encheu meia página de caderno - Será que ela será escritora como eu? - A outra, repousa preguiçosa no sofá. Parece que está sorrindo, ou eu que pareço estar babando... Falar, assim, de presente é curioso e surpreendente. Agora mesmo, ou seja, às 18:33h do dia 28 de outubro, acabei de perguntar o que minha filha escreveu e e

Labutando.

De olhos sonsos enfim, Cheiro de mato e alecrim, Fato de domingo normal, Trabalhador informal. Cacos, Passos, Tremer, Gemer. Singular é o desejo, De esquecer o desfecho, Improvável enfermidade, De sol a sol, de verdade. Frieza, Destreza, Impaciência, Intolerância. Comida é na lata, Desesperança que mata, Cipó de ferro é o transporte, O contrário da vida é a morte. Acordar, Levantar, Permanecer, Esmorecer.

O mundo verde da publicidade.

O mundo está doente pra caramba, anda com alguma perna bamba. Os alertas foram dados pelas principais instituições e autoridades do planeta de que o aquecimento global é uma realidade.O homem sendo finalmente o lobo de si mesmo em escala multi-social, ou seja, a globalização chegou no ponto que mostra o quanto o homem atirou contra si mesmo ao longo dos anos. O fato em si é suficientemente relevante a ponto de se tornar assunto em todos os lugares. Desde os salões de cabeleireiros até as salas de aula, dos povos ribeirinhos interioranos às grandes metrópoles, do velho à criança que já tem algum entendimento. Essa repercussão não está isolada de uma sociedade moderna em que a comunicação rápida e excessiva transforma preocupação em ação coletiva. Tudo já estará devidamente embutido no consciente coletivo quando o futuro chegar. Esse é um dos poderes que a mídia tem. Espalhar a notícia e dominar jornais, revistas, TV, internet e chegar aos lugares mais difíceis que se pode imaginar. E é

Fonte de quê?

A fonte é um pequeno pedaço de idéia em que se torna quase impossível fugir. Faz loucura de pensamentos e decidido inverte e passa, sai do pensamento ruim para se lembrar do que realmente importa. Quando pergunto, fonte de que? quero saber exatamente qual é o principio de toda a consequência que o movimento passado se torna fatal. Quando você se vê vitima de sua própria armadilha, e sofre, e pensa que o mundo acabou, e pensa que o tempo poderia voltar, e acua-se. Não é o astral, não é o que o sofrimento impôs, como forma de aprendizado, uma lição que ficará para sempre. Mas é exatamente isso o que acontece. Aquilo te deixou mais forte, fez de sua imagem uma pessoa frágil e sábia. No entanto um pequeno fantasma viaja ao seu lado, inerte e presente. Vive lembrando uma palavra, um gesto que ficou na memória e o mundo parece vagarosamente diminuir. Você baixa o farol, fica com cara fechada, faz bico, enclausura-se a troco de nada. Só sopa de raiva e indiferença. Tudo poderia se tornar insu

Tem lugar o ciúme.

Enquanto caminhávamos para fora da festa e sentíamos o vento frio da noite paulistana pensei que tudo podia se acabar ali. Ela estava parada no tempo, com olhos distantes e interessada no vazio. Encurtei o passo para vê-la caminhar e percebi que duas coisas poderiam acontecer. Uma grande revelação, ou um grande desengano. Meus olhos se desviavam para outro lugar que não ao lado dela e um tanto do seu temperamento mudava. Eu estava calado a maior parte do tempo e aquela festa estava chata, com poucos conhecidos e uma sensação de erro, repetição e erro. Queria mudar, queria sair. Disfarcei e fingi sorrir. Ela percebeu. Um dia antes eu estava indo buscá-la em sua casa quando a vi sair de um carro estranho. Esperei, vi a despedida com um beijo e senti a primeira fisgada no peito. Jurei para mim mesmo não falar nada a respeito, eu não tinha visto nada, escutado nada, mas meu ciúme é doentio, incontrolável. Desviei o pensamento sarcástico para algo de bom, algo que me trouxesse de novo ao ch
A minha alma vaga num mundo que eu não domino completamente. Hoje, por exemplo, tenho que reviver tempos em que minha ideologia era crente num mundo diferente, que eu poderia ser original e fiel às minhas idéias. Vez por outra me pego lembrando do dia em que resolvi fazer batas com temas rock para vender. Fizemos, eu e o Boca, um grande amigo, batas da Janis Joplin, Raul Seixas, Led Zepeling . John Lennon entre outros. Deu certo, vendi tudo rapidinho, mas não tínhamos nem estrutura, nem capital. Fomos desanimando esquecendo. Tempos depois me meti em outra empreitada, agora sozinho, mas igualmente sem grana. Fiz um campeonato de surfe. Tudo porque queria testar minhas habilidades que durante anos enrugados dentro do mar, treinei. Foi outro fiasco, pois acabei picpocando tanto na água quanto na areia. Faltou assistência aos amigos que foram prestigiar, faltou remada para entrar na onda, faltou tudo, mas teve campeão, muito contente por sinal, teve mulher bonita na areia e teve algo que n

Cheiro de gafe no ralo do cinema...

Ganhei um convite para ver a pré-estréia do novo filme de Selton Melo, O Cheiro do Ralo no famoso Espaço Unibanco em plena Rua Augusta, berço da cultura cool da cidade de São Paulo. O aspecto glamouroso do local, infestado de “personalidades” influentes na sétima arte e, claro, de jornalistas que levam um pouco de glamour para fora do Espaço, é um ambiente perfeito para um salto na minha alma artística, mas também, um local perfeito para uma gafe, essa muito mais fácil de acontecer, e aconteceu. Tudo ia muito bem, começou com um encontro inusitado com Arthur Veríssimo, repórter da revista que acompanho há pelo menos dez anos, a Trip. Quando o vi pela primeira vez na Avenida Paulista, foi difícil controlar o nervosismo, pois tinha admiração pelo seu trabalho, coisas de fã descabeçado mesmo. Ali não, fiquei tranqüilo, falei com ele sobre o colunista Luiz Mendes, ex-prisioneiro e hoje escritor que também admiro bastante, peguei seu e-mail pessoal e falamos sobre sua próxima aventura, que,

Resignação...

Foi de testa um teste para o maior dos estômagos, o de peão. Relações fazem parte de nossa vida e cotidiano, passei muito tempo sabendo disso e o sapo que engolia era cada vez maior, porém a minha cabeça mudava e se aprimorava no intuito de fazê-lo mais digesto. Não deu certo. Primeiro porque a evolução torna o bicho maior, segundo porque quanto mais instruído mais crítico ficamos, então não queremos mais engolir sapos, apenas breves e imperceptíveis pererecas. Queria entender como o homem moderno inclui esse tipo de atividade como parte de seu cotidiano, falo de engolir sapos. Chega um ponto que queremos nos libertar, fazer o que gosta, ser livre para fazer nessa vida o que gostamos e gosto de escrever, não em formulários, mas em páginas de revistas e jornais, isso sim. O desabafo provém de um mal-estar que vivi recentemente, uma humilhação que não tem tamanho para uma alma que nasceu livre para ser artista e foi engolida pelo trabalho repetitivo e iconoclasta da sociedade de consumo

Qual é o seu limite?

Um ser humano vive andando por becos escuros da realidade entorpecente, e não sabe nunca quando parar. Tem um pensamento obscuro e a vida de outro homem fica por um fio. Assim, o limite de cada um contrasta com as atitudes do cotidiano e revela aos poucos as voltas que a terra dá. A história envolve tanto as pessoas nos seus sentimentos e intenções que atinge um ponto em que a razão e a emoção dão lugar às conseqüências. Um dia qualquer você passa por um mendigo que lança um olhar do desespero da fome, e em seu pensamento você acha que ele esticou a mão para tomar mais uma dose, para comprar mais um pouco de droga, enquanto na verdade ele quer chegar em casa com um litro de leite para sua filha. Num outro, você está sentando num banco de rodoviária e não há mais ônibus e alguém passa por você. Você é negro, inteligente e rico, mas uma pessoa se nega a lhe dar carona porque você um dia deixou uma criança com fome, e não porque você é negro. Você chega no fim do mês e ninguém vai reparar

Sei não seu moço

Quando penso faço força pra não chorar e não choro... Lembro de tardes amenas com o sol a meio mastro enchendo a "Sessão da Tarde" de preguiça e fome. Tinha lá meus dez anos e chorava copiosamente por tudo, era um chorão. Chorava por que bati a mão, chorava por não ter sido chamado pelos colegas, chorava porque estava com dor de barriga, chorava porque tinha que me esconder enquanto cantavam parabéns para mim, chorava muito, mas sem por que. Hoje continuo aqui com meus trabalhos, meus amigos e penso que sou feliz, mas será mesmo que isso é verdade? Felicidade o que é? Um cpf, uma esposa e uma amante, um jogo de futebol, um almoço gosotoso. O que será? Será realização? Sonho e convicção? Um estado de espiríto? Sinto falta de chorar. Sinto porque quando eu chorava eu limpava meus anseios e me precavia do abandono. Não abandono de menor abandonado, mas de ideologias, de amor, de ser passional de si mesmo. Caminho sobre pedras escorregadias quando o assunto é felicidade. Temo por

Adeus Crepúsculo de Aço!

É infinitamente pobre olhar para as meninas em qualquer lugar e perceber que elas são quase todas iguais. Ver um rosto tentando ser igual ao de uma revista em uma pessoa que não tem nada a ver com aquela moldura me entristece um pouco. É perda de identidade cultural, é a padronização de um povo que daqui a alguns anos não terá mais opção, serão o que se transformaram, um mar de cabelos lisos engomados incapazes de fazer vibrar a mais tímida diferença racial. Em São Paulo ou nas principais cidades do país não existe mais o cabelo crespo, pelo menos não fora das casas, é o fim do crepúsculo de aço! Quando lembro da minha infância penso logo na Don’ana, uma empregada que tínhamos que chegou da Bahia especialmente para trabalhar em casa. Ela era linda, o corpo negro de uma anatomia ímpar, a boca carnuda com lábios projetados como um biquinho e o cabelo, bem o cabelo era de negra de verdade, ou seja: duro espichado. Percebia que isso não a incomodava, no entanto não dá pra avaliar, poi

Nu Seco

Meu passado é um céu cinzento De prótons e nêutrons, de sonho e de pó. Triste fim é o da escuridão Um pé ta solto, o outro não. Vingança é um sistema de andança Que a gente corre por dentro, corre por fora Um teto é um soco, uma grade é um saco. Senso para o terror, minha cabeça não pensa Age no compasso do laço, é um vão sem céu. Uma taça de vinho compensa o sangue chorado. Um pensamento é um tento para o inalcançável Não sou torto como nasce um tronco Me finjo de torto, me faço de morto Mas meu fardo eu carrego no peito Sei do defeito, sei de mim. Agora é só um fragmento Um teco de realização outro de pão. Vivo um dia de cada dia, vou com calma, vou com a alma. Um sábado qualquer vou ver um vento de viés e frigidez. É um beijo de adeus que completa o perdão, pois sou fato e ficção, poesia e canção. C.C.

Desapropria

Quando o caldeirão ferver Não vai sobrar ninguém pra contar. Quando o gueto explodir Vai existir alguém pra comandar Você vai ter que escolher / Entre salvar algum ou protestar Você vai ter que se esconder / Quando o comandante berrar Desapropria! Bota fogo na mudança Mata que ressuscita! (BIS) Olha, ai vem o trator Corre, procura algum doutor Vê se nos escombros, tem algum pertence Junta os pedacinhos, faz uma corrente Tente esquecer as histórias desse chão Um sofrimento a mais, pra quem já tem um milhão Não deixe os olhos fechar pra não lembrar O grito da desordem, que só faz ecoar Desapropria! Bota fogo na mudança Mata que ressuscita! (BIS) Cass Couto

O Quarto Mundo – Violência Urbana

A violência urbana nas grandes capitais brasileiras nos leva a refletir sobre os motivos e o futuro dessa balbúrdia. O ano de 2006 em São Paulo foi marcado pelo pânico em maio, depois em agosto com outro ataque coordenado dos criminosos seguido de algumas rebeliões em presídios. Na virada do ano foi a vez do Rio e Espírito Santo sofrerem com a ameaça incendiária do crime organizado. E, no Rio de Janeiro, os bandidos não deixaram os civis desembarcarem do ônibus antes de atear fogo. Morte estúpida, morte política. A cada atentado do chamado novo terrorismo a cidade se acostuma, aprende a conviver com mais um absurdo patológico social e rapidamente se esquece. No entanto, os políticos sabem que essa é apenas uma ponta do imenso iceberg que rodeia os países periféricos, especialmente aqui na América do Sul. E o degelo da necessidade latente de um povo que não tem mais por onde sobreviver inundará não só as capitais do país, mas todo o continente. O que não tem mais como escond

Reveilão na PG

O ano de 2006 se vai e traz na seqüência 2007, e o paulistano mais uma vez enche o carro pra descer a serra e pular sete ondas em algum ponto do litoral paulista. Este ano o recorde de carros descendo a serra teve muito a ver com o feriado postado na segunda-feira, deixando um final de semana inteiro pra lotar a praia e também as estradas. A descida foi a parte lenta de toda a festa. O sistema Anchieta - Imigrantes estava tomada de carros por todos os lados e de todos os tipos, desde os mais novos até os latas-velhas e aja paciência. O trajeto de uma hora nos dias normais se estendeu por mais de três em média, chuva fina no pára-brisa, vento de saudade no peito e outras melodias menos conservadoras invadiam o espaço acústico entre os carros. Quem optou pela descida via Anchieta, pista 1B se deu bem, a maioria queria a nova Imigrantes, e os caminhões e ônibus tinham que suportar a 1A, ademais em um ponto magnífico da 1B uma vista noturna esplendorosa da baixada compensa a es

Reveilão na PG

O ano de 2006 se vai e traz na seqüência 2007, e o paulistano mais uma vez enche o carro pra descer a serra e pular sete ondas em algum ponto do litoral paulista. Este ano o recorde de carros descendo a serra teve muito a ver com o feriado postado na segunda-feira, deixando um final de semana inteiro pra lotar a praia e também as estradas. A descida foi a parte lenta de toda a festa. O sistema Anchieta - Imigrantes estava tomada de carros por todos os lados e de todos os tipos, desde os mais novos até os latas-velhas e aja paciência. O trajeto de uma hora nos dias normais se estendeu por mais de três em média, chuva fina no pára-brisa, vento de saudade no peito e outras melodias menos conservadoras invadiam o espaço acústico entre os carros. Quem optou pela descida via Anchieta, pista 1B se deu bem, a maioria queria a nova Imigrantes, e os caminhões e ônibus tinham que suportar a 1A, ademais em um ponto magnífico da 1B uma vista noturna esplendorosa da baixada compensa a es