Nu Seco

Meu passado é um céu cinzento
De prótons e nêutrons, de sonho e de pó.
Triste fim é o da escuridão
Um pé ta solto, o outro não.

Vingança é um sistema de andança
Que a gente corre por dentro, corre por fora
Um teto é um soco, uma grade é um saco.

Senso para o terror, minha cabeça não pensa
Age no compasso do laço, é um vão sem céu.
Uma taça de vinho compensa o sangue chorado.
Um pensamento é um tento para o inalcançável

Não sou torto como nasce um tronco
Me finjo de torto, me faço de morto
Mas meu fardo eu carrego no peito
Sei do defeito, sei de mim.

Agora é só um fragmento
Um teco de realização outro de pão.
Vivo um dia de cada dia, vou com calma, vou com a alma.

Um sábado qualquer vou ver um vento de viés e frigidez.
É um beijo de adeus que completa o perdão, pois sou fato e ficção, poesia e canção.

C.C.

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