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Mostrando postagens de março, 2008

Águas Profundas

Um pingo de tudo que vivi Me deixa boiando no que tem por vir. Vivi cada dia como se fosse o último. Perdi batalhas que foram verdadeiras enxurradas Ganhei outras espirrando alegria para todos os lados. Naveguei leve em dias de sol. Despenquei cachoeiras com erros terríveis, Mas sobrevivi à maioria das tempestades, Sobrou apenas o que não me molhou, Meu sonho com o infinito mar a contemplar-me, a minha vitória. Aos trinta, reflito se cheguei à meia vida. O tempo que ainda me resta quero botar num conta-gotas. Os maremotos que estão por vir vão encontrar um navio maior, Que formei devagar, sem pressa, com minhas forças e virtudes. Meus pés descalços não furam mais com pequenos espinhos. O rio da vida é assim. Ir contra a correnteza vai dificultar. Insistir no erro é um tiro n’água. Desistir de transpor as maiores ondas, também o é. Prefiro viver em águas profundas,Onde o silêncio é mais forte e a tranqüilidade é maior.

Vida revista em blog

Eu pensei em escrever sobre tantas coisas, mas a página vazia é sempre motivo de surpresa ou assombro. A vida anda tão louca que ultimamente só escrevo as coisas que sou obrigado, mas não são poucas. Semana passada escrevi um artigo pra Folha de São Paulo imaginária da profa. Cilene em meio a uma redação de pretensos focas. Fiquei tenso pra caramba e quando finalmente saiu o texto, não fiz revisão. Ou seja, acabei cometendo erros crassos que comprometeram a nota do grupo. Outro dia escrevi uma matéria para uma revista e vi lentamente a pauta ir a baixo por conta de uma reunião, adivinha com quem? Ela mesma, Cilene Victor. Já estou achando que esta pequena professora tem algo contra mim, deixa ela. Revisitei então algumas poesias antigas que fiz pra ver se me inspirava, sorri com algumas delas, mas não senti vontade nenhuma de rimar. A rima é um paradoxo para mim hoje. Apesar de vir fácil, dar sentido a elas é que fica complicado. Na faculdade aprendo a ser objetivo, algo que a poesia n