Adeus Crepúsculo de Aço!
É infinitamente pobre olhar para as meninas em qualquer lugar e perceber que elas são quase todas iguais. Ver um rosto tentando ser igual ao de uma revista em uma pessoa que não tem nada a ver com aquela moldura me entristece um pouco. É perda de identidade cultural, é a padronização de um povo que daqui a alguns anos não terá mais opção, serão o que se transformaram, um mar de cabelos lisos engomados incapazes de fazer vibrar a mais tímida diferença racial. Em São Paulo ou nas principais cidades do país não existe mais o cabelo crespo, pelo menos não fora das casas, é o fim do crepúsculo de aço! Quando lembro da minha infância penso logo na Don’ana, uma empregada que tínhamos que chegou da Bahia especialmente para trabalhar em casa. Ela era linda, o corpo negro de uma anatomia ímpar, a boca carnuda com lábios projetados como um biquinho e o cabelo, bem o cabelo era de negra de verdade, ou seja: duro espichado. Percebia que isso não a incomodava, no entanto não dá pra avaliar, poi