Vidas paralelas
Gosto quando o gosto pelas palavras causa o hábito da interpretação. Gosto do som dos meus passos preguiçosos buscando alinhamento com meu coração. Gosto quando escrevo solto, sem idéias ou obrigações. Escrevo emoções. Hoje meu peito clama por calma. Minha cabeça, por clareza, meu corpo por paixão. Venho de tempos escuros de desilusão. Passeei por caminhos inócuos de incertezas, de indecisão, mas procurei aprender com cada buraco que visitei de mim mesmo. Nessa procura incessante por algo inusitado, recebi um prêmio do destino. Senti um carinho de outro mundo, uma louca paixão. Mas não me iludo por completo, pois poderia ser caixão. Acredito no eu mesmo, no poder do sentimento, na cura pros meus defeitos, na força exterior que me move e me incentiva a buscar meus ideais. Esses cada vez mais reais. E por isso vale a pena fugir de mim mesmo para me ver de outro lugar. Me vejo rodeado de pessoas boas e de bondade que emana de mim, não de falta de humildade, mas exatamente o êxito resultan