Feliz dia de mim!


Hoje é dia dos pais e o maior presente eu recebi ontem. Um dia inteiro, completo ao lado da maravilhosa da minha filha. A minha digníssima esposa foi trabalhar e talvez por isso tenhamos vivido um dia tão especial. Me senti pai e mãe dela, senti que era seu amigo, seu irmão, seu companheiro. Percebi a real importância dela em minha vida. O equilíbrio entre a labuta e o lazer, entre a diversão e a obrigação, o saber e o fazer.
Esse dia começou na verdade na sexta-feira. Debute de uma prima em um buffet perto de casa. No meu colo ela segredou, “pai, quando eu ‘se’ do tamanho da Carol eu quero uma festa igual a dela”. Lembrei dos príncipes de honra e senti o gosto amargo do ciúme, mas prometi pra ela a festa. Mais tarde ela já não agüentava mais de sono, mas fazia questão de tentar dormir no meu colo enquanto eu dançava na pista de “creu” aos tradicionais flashbacks.
Acordei de ressaca e ela com cara de balada, meio acabada. Fomos pra escolinha onde teria a festinha do dia dos pais. No caminho falamos sobre a festa, e de novo ela pediu a dela, falamos das danças, dos doces e ela maravilhada descreveu o vestido da Carol, a aniversariante.
Na escolinha, presentinhos, musiquinhas, sorrisos, fotos, brincadeiras e um monte de babões aplaudindo. Depois ela fez uma sessão de brincadeiras e de fotos com as amigas.
Próxima etapa seria deixá-la na minha mãe pra ir jogar bola e ai uma mudança repentina aumentou nossa cumplicidade e companheirismo. Minha mãe não estava então a levei comigo no futebol. Com fome ela me pediu um salgadinho que peguei no bar mesmo sem grana. Ela nem me viu jogando, mas depois contou orgulhosa pra mãe que eu tinha feito três gols, confirmou a quantidade antes de falar, foi engraçado isso.

Foto com as amigas!


Voltamos pra casa já era quase três da tarde. Juntei as moedas e saímos de novo. Fomos na escola perto de casa para vacinação. Ela tomou suas gotinhas e eu tomei a de rubéola, de novo a cumplicidade surpresa. Enquanto eu tomava a injeção ela me olhava com carinha de dó e apertava a minha mão para eu não sofrer. Fomos pra padoca e compramos nosso almoço. Em casa preparei o lanche enquanto ela tomava banho, mandamos pra dentro e ela linda de morrer me disse pela centésima vez “papai eu te amo” e dormiu muito cansada.

A Andréia chegou e caiu de cama também. Ficamos repondo as energias da véspera e do dia juntos. Mais tarde eu e a Alicia assistimos ao filme American Pie Zona Total. Fiquei surpreso com as análises dela, chamando o protagonista de bobo, entenda-se “egoísta”, e sozinha ela fechava os olhos nas cenas inapropriadas. Quando o filme acabou com final feliz batemos palmas. Antes de dormir trocamos massagens na cama. “Boa noite filha – Boa noite pai, te amo”.

Nunca vou esquecer de que somos unidos porque nos entendemos e nos amamos. Nunca vou esquecer que ser pai é muito mais que “bancar” as coisas que ela precisa, que ela quer. Ser pai pra mim é ser um pedaço de seu coração, sorrir, sofrer, vibrar, bater e nunca cansar. Ser enfim parte da vida dela que nunca morrerá, amor de verdade e puro.


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