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Mostrando postagens de março, 2010

Deu pinta pra mim...

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Deóla, Deolinda! Vi de saída tua pinta No peito e pululava, Pululava graciosamente ao vento, No ondular da pista Onde o coletivo entrava Desencanada, distraída, ou safa De vez em quando parava Deslizava fluída no colo da amiga Quase babei, sorri e disfarcei De novo pululava A pinta espraiada De esguelha, a pinta parecia olhar Será que ela tinha um peito Ou o peito a tivera? Da pinta ao ponto final Desci já com as letras nas ideias Culpa da pinta, plástica, preta Quase peluda...

Democracia surreal

Essa reflexão tem o objetivo de imaginar os rumos da democracia e da própria humanidade considerando parte do passado e a situação atual. Digo parte do passado porque ainda não estudei história o suficiente para embasar uma teoria para o futuro político do mundo. Seria muita pretensão da minha parte desenvolver previsões para a caminhada do ser humano, com as novas (já antigas) preocupações com o meio ambiente, sabendo tão pouco da experiência cultural da humanidade, e também porque humanidade é muito abrangente. Mas antes que o leitor abandone o texto, devo dizer que os apontamentos que vou expor, são reflexões racionais da liberdade de expressão. Liberdade tão exaltada anos atrás que hoje parece empecilho para uma democracia estável. Sejam bem-vindos à era da informação. Tudo ao alcance de todos num click. A partir desse ponto, vamos tentar compreender aonde o bicho homem quer chegar. O mundo está em chamas. Tudo que é terra arde e nos fazem formigas retorcendo o corpo numa agonia gl

Fumaça

Perdi a graça de fazer poesia Tenho saudades dos tempos de rebeldia Da indignação, da revolta em palavrões Tenho saudade das revoluções Cada dia inventava uma Se fosse a escola, a família, não importava Certo era ter um motivo para ser contra Um poder obsoleto da juventude quase ignorante Uma ideologia borbulhante de fim de século Fumava woodstocks, bebia em maio de 68, Surrava os portões da ditadura, sem saber Naquele tempo parecia fácil me esconder Passava invisível na sala lotada Vestia roupas cortadas, quase maquiadas Explodia as paredes do quarto com a Janis, o Raul e o Led Como faz falta os cds espalhados no chão O caderno rabiscado com ideias sublimes A falta de alguém dava espaço pra mim Hoje o jornal me entorpece O BBB me enriquece A Web me suga Sou filho da era do vazio Nem Bush, nem Osama, muito menos Obama Sou pertinente à América Latina Bronzeado de nascença, imóvel por excelência