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Mostrando postagens de julho, 2010

Quem entende a poesia?

De que falam os poetas? Confundem amor com dor Transformam a chuva inoportuna e gelada Em bálsamo de lavar a alma Para que serve um poema? Parece mais um estratagema de misturar o que não dá De palavras bonitas que para poucos faz sentido Uma rima rica que esconde alguma coisa que ninguém quer ver O poeta não acredita na justiça Torna belo a cinza e o pó Chora a todo tempo porque a flor abriu Porque a borboleta voou, porque o sol saiu No fundo os poetas não fazem poesia Pensam que a vida é só filosofia A dor, a dor, a dor, somente ela merece tal heresia Não há nada pior que o sofrimento, mas Para o poeta é um alimento Come até enfastiar-se para poder vomitar Escolhe cada estrofe como se fosse cantar E se esconde dos flashs para poder brilhar De que falam os poetas então? De tudo e do nada sem razão Se reparar vai ver só letra Do breu ela vem, para o breu ela vai

Minha família

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Lendo os últimos posts do meu blog pude perceber que o nível vem subindo gradativamente após minha formação como jornalista, mas isso não é tudo. Fiz algumas interpretações da vida e arte inspirado em exposições e simpósios. Nem sempre minha antena está plugada em um evento de porte. Me resta a sabedoria da periferia e do trabalho que me cerca. Os anseios vão se dissolvendo assim, com um pouco da minha história, dos passos que vou dando olhando para frente e carregando uma bagagem cada vez mais extensa. Hoje, entre falar de futebol, copa o mundo, ou de teatro e exposições, fico com a família, que me deu um fim de semana diferente. Sempre fui um homem de família, e nela às vezes me perco, às vezes acerto e assim vou me reciclando sem pensar em desistir. Aliás, sem ela, talvez continuasse perdido numa bruma densa e negra das minhas não-convicções. Hoje três pares de olhos me cercam em tudo que eu faço. Meus pés mesmo querendo sair por vezes de comportamentos que me aproximem do meu eu re