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A revelação do reveillon

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Fico pensando em que momento o ano acabou para mim e quando começou o outro. Tirando as expectativas existentes nessa mítica do 31 de dezembro vislumbro diversos fins e começos. Parece mais que o ano acabou quando começou minhas férias, isso em 15 de dezembro, e que 2015 começou há quatro meses quando iniciei a prática da Ioga (lê-se iôga, apesar do feminino ióga). É isso que me faz diferente hoje. As especulações não param por ai, encasquetei na minha cabeça que o tempo... esse tempo que contamos por meio de inúmeros digitais e ponteiros, traços diagonais em calendários de funilaria, anos que nos revelam mais velhos, e cada vez mais velhos, não existe. Simplesmente trata-se de uma das piores e irreversíveis invenções do ser humano. O tempo corrosivo é composto da decomposição. Em que momento estou vivendo e em que momento estou morrendo? O que faço para viver é diferente do que faço para sobreviver. Viver é a plenitude da felicidade. Para mim, viver é se arriscar a morrer. Sal