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Mostrando postagens de maio, 2007

Cheiro de gafe no ralo do cinema...

Ganhei um convite para ver a pré-estréia do novo filme de Selton Melo, O Cheiro do Ralo no famoso Espaço Unibanco em plena Rua Augusta, berço da cultura cool da cidade de São Paulo. O aspecto glamouroso do local, infestado de “personalidades” influentes na sétima arte e, claro, de jornalistas que levam um pouco de glamour para fora do Espaço, é um ambiente perfeito para um salto na minha alma artística, mas também, um local perfeito para uma gafe, essa muito mais fácil de acontecer, e aconteceu. Tudo ia muito bem, começou com um encontro inusitado com Arthur Veríssimo, repórter da revista que acompanho há pelo menos dez anos, a Trip. Quando o vi pela primeira vez na Avenida Paulista, foi difícil controlar o nervosismo, pois tinha admiração pelo seu trabalho, coisas de fã descabeçado mesmo. Ali não, fiquei tranqüilo, falei com ele sobre o colunista Luiz Mendes, ex-prisioneiro e hoje escritor que também admiro bastante, peguei seu e-mail pessoal e falamos sobre sua próxima aventura, que,

Resignação...

Foi de testa um teste para o maior dos estômagos, o de peão. Relações fazem parte de nossa vida e cotidiano, passei muito tempo sabendo disso e o sapo que engolia era cada vez maior, porém a minha cabeça mudava e se aprimorava no intuito de fazê-lo mais digesto. Não deu certo. Primeiro porque a evolução torna o bicho maior, segundo porque quanto mais instruído mais crítico ficamos, então não queremos mais engolir sapos, apenas breves e imperceptíveis pererecas. Queria entender como o homem moderno inclui esse tipo de atividade como parte de seu cotidiano, falo de engolir sapos. Chega um ponto que queremos nos libertar, fazer o que gosta, ser livre para fazer nessa vida o que gostamos e gosto de escrever, não em formulários, mas em páginas de revistas e jornais, isso sim. O desabafo provém de um mal-estar que vivi recentemente, uma humilhação que não tem tamanho para uma alma que nasceu livre para ser artista e foi engolida pelo trabalho repetitivo e iconoclasta da sociedade de consumo