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Mostrando postagens de janeiro, 2008

L........ L... L........L

Loura, Lolita, Linda, Liberta. Nem tudo é verdade, nem tudo é mentira. Somos pontos perdidos num espaço sideral que criamos, nele somos verdade, fora invenção. O rock’n Roll embala corpos e mentes, copos e sorrisos ofegantes, perdidos sempre no mesmo dilema. O coração pulsa com a força de um animal feroz querendo devorar partes de vidas fragmentadas pelo destino. A distância sentencia que o desejo é como uma nuvem de algodão doce. Querer nem sempre é poder. Viver inventando, criando, sofrendo e mesmo assim sorrindo. A Loura Lolita perdida em seus próprios devaneios de realidade e ficção equilibra-se, mantêm-se alerta e irradiante do tesouro que habita sua alma. Mulher dos pés à cabeça ligada por fios de aço tem o controle da situação, desde cedo foi assim. A casa, a família, tudo parece se prender a ela e ela apenas se equilibra. Tentar decifrá-la é pedir para ser devorado. Personalidade ímpar tem no coração de mãe a mão de Deus. Nós, súditos apenas observamos. Palavras que carregam do

My Name is not João!

O filme Meu Nome Não é Johnny de Mauro Lima chegou ao cinema nacional com a tarefa de dar continuidade ao sucesso de Tropa de Elite e nos primeiros dias conseguiu colocar grandes filas na frente das salas. Não que seja uma continuação ou algo parecido, mas o tema drogas e seus motivos estão em cena nos dois e também o cenário carioca, que mais parece um caldeirão com ondas de calor, suor e sofrimento. O diretor Mauro Lima afirmou em exibição especial seguida de debate, que a questão que os diferencia é a relativização que deve ser feita quanto aos motivos do consumo de drogas que neste filme é apresentado. Para ele, lançar uma visão diferenciada abre uma discussão em favor dos problemas relacionados ao consumo, enquanto o “Tropa” encerra a discussão apontando erros e culpados. Embalado com excelente trilha sonora o filme é muito engraçado. Todo o drama da alienação do protagonista é absorvido em altas doses de cocaína consumida nas festas dele. Ele trabalha no tráfico pra cheirar e

Reveilão em Sampa – parte 2

O dia mais feliz do ano. É assim sempre que o sentimento do dia 31 de dezembro tem que estar para quem vive neste mundo. E é assim que me senti ontem quando me vi com minha mulher dançando no meio da sala, muito longe dos quilômetros de praia com milhões de pessoas. Esse mesmo sentimento leva o paulistano a sair de Sampa, leva o drogado a procurar a mais louca das loucuras, e leva as pessoas a se abraçar chorando pensando talvez no ciclo anual que se fecha. Para os mais velhos a proximidade da morte que não pára nunca, para os mais novos a euforia de fazer parte da história do mundo. Achei de verdade que fosse me sentir mal no último minuto do dia, mas não rolou. O mais surpreendente foi justamente a mobilização para a queima de fogos. Algo que julguei estar por demais longe este ano. Aqui na Cohab o povo mais pobre e humilde é também o mais festeiro e feliz nessas datas. Quando saímos para ir numa praça conhecida como Morcegão, não estive perto da magia que estava por vir. Chegando no