Reveilão em Sampa – parte 2
O dia mais feliz do ano. É assim sempre que o sentimento do dia 31 de dezembro tem que estar para quem vive neste mundo. E é assim que me senti ontem quando me vi com minha mulher dançando no meio da sala, muito longe dos quilômetros de praia com milhões de pessoas.
Esse mesmo sentimento leva o paulistano a sair de Sampa, leva o drogado a procurar a mais louca das loucuras, e leva as pessoas a se abraçar chorando pensando talvez no ciclo anual que se fecha. Para os mais velhos a proximidade da morte que não pára nunca, para os mais novos a euforia de fazer parte da história do mundo.
Achei de verdade que fosse me sentir mal no último minuto do dia, mas não rolou. O mais surpreendente foi justamente a mobilização para a queima de fogos. Algo que julguei estar por demais longe este ano.
Aqui na Cohab o povo mais pobre e humilde é também o mais festeiro e feliz nessas datas. Quando saímos para ir numa praça conhecida como Morcegão, não estive perto da magia que estava por vir. Chegando no local, junto com toda a família da minha mulher, fiquei espantado com o número de pessoas. Parecia muito com uma praia de verdade. As pessoas de branco em pequenos modelitos, as mulheres, e os homens de bermuda e chinelo cercavam a praça a espera do show pirotécnico.
À meia noite, recebi o abraço e beijo da minha mulher. O sorriso estampado na cara me fez lembrar dos meus que estavam na praia e os imaginei igualmente felizes. Minha filha também estava junto neste abraço. Os fogos começaram a pipocar no céu e embora por um tempo mais curto que no litoral, com muita beleza e força.
A saída da praça trouxe a magia final que eu esperava. Milhares de pessoas saindo cantando, pulando, acelerando os carros, tocando buzinas e sem medo de errar, digo que fiz o melhor ficando em Sampa este ano.
Primeiro por causa família que representou que meu lugar é em qualquer lugar, desde que elas estejam junto. Segundo porque aprendi um monte de coisas sobre a comunidade em que vivo. Foram coisas boas e coisas ruins, mas que são a cara do povo que me avizinha.
Fiquei vendo as pipas guerreando no céu, estranhas me cumprimentando e, pasmem, me cantando também (eheheh). E também, ouvi o movimento errado na garagem do meu prédio até o dia amanhecer, me fez perder um pouco o sono, mas depois fiquei de boa.
Ano que vem, vou ver se vou pra praia sim, mas se não der, já saberei que fico aqui, repleto do sentimento que o mundo compartilha no 31 de dezembro. A felicidade.
Esse mesmo sentimento leva o paulistano a sair de Sampa, leva o drogado a procurar a mais louca das loucuras, e leva as pessoas a se abraçar chorando pensando talvez no ciclo anual que se fecha. Para os mais velhos a proximidade da morte que não pára nunca, para os mais novos a euforia de fazer parte da história do mundo.
Achei de verdade que fosse me sentir mal no último minuto do dia, mas não rolou. O mais surpreendente foi justamente a mobilização para a queima de fogos. Algo que julguei estar por demais longe este ano.
Aqui na Cohab o povo mais pobre e humilde é também o mais festeiro e feliz nessas datas. Quando saímos para ir numa praça conhecida como Morcegão, não estive perto da magia que estava por vir. Chegando no local, junto com toda a família da minha mulher, fiquei espantado com o número de pessoas. Parecia muito com uma praia de verdade. As pessoas de branco em pequenos modelitos, as mulheres, e os homens de bermuda e chinelo cercavam a praça a espera do show pirotécnico.
À meia noite, recebi o abraço e beijo da minha mulher. O sorriso estampado na cara me fez lembrar dos meus que estavam na praia e os imaginei igualmente felizes. Minha filha também estava junto neste abraço. Os fogos começaram a pipocar no céu e embora por um tempo mais curto que no litoral, com muita beleza e força.
A saída da praça trouxe a magia final que eu esperava. Milhares de pessoas saindo cantando, pulando, acelerando os carros, tocando buzinas e sem medo de errar, digo que fiz o melhor ficando em Sampa este ano.
Primeiro por causa família que representou que meu lugar é em qualquer lugar, desde que elas estejam junto. Segundo porque aprendi um monte de coisas sobre a comunidade em que vivo. Foram coisas boas e coisas ruins, mas que são a cara do povo que me avizinha.
Fiquei vendo as pipas guerreando no céu, estranhas me cumprimentando e, pasmem, me cantando também (eheheh). E também, ouvi o movimento errado na garagem do meu prédio até o dia amanhecer, me fez perder um pouco o sono, mas depois fiquei de boa.
Ano que vem, vou ver se vou pra praia sim, mas se não der, já saberei que fico aqui, repleto do sentimento que o mundo compartilha no 31 de dezembro. A felicidade.
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