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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Universo paralelo de mim mesmo

Não consigo enxergar muitas vezes a imagem que fazem de mim. Vendo no espelho meu rosto imagino que me vêem assim, mas mesmo quando me dispo de todos os preconceitos da sociedade não me acredito ser quem sou do jeito que sou. Isso se deve ao fato de viver escondendo meus defeitos de mim, porque quero acreditar sempre na história do jardim do vizinho que é sempre mais bonito que o meu, mesmo assim quando o assunto é felicidade temos sempre a certeza de sermos os mais felizes em nosso modo de vida. Às vezes quero complicar mesmo para explicar que minha vida é espelho dela mesma em outra dimensão. Nesta dimensão tudo que digo e que faço tem outro sentido. Por exemplo, quando me olham e me dão um rótulo, qualquer que seja, acredito nisso, embora pese todos os meus princípios de saber quem eu sou, e já nesta consideração, não tenho mais aquele rótulo porque pus em cima dele o que eu acho que sou. Percebo que mesmo assim não consigo fugir dos olhos que me julgam. Toda vez que tento ser algué

Puro Poema (Exposição de fotos)

Imagem
Encontrar a beleza humana no mar requer muito mais que um simples olhar. A exposição de fotos que está no Conjunto Caixa Cultural – Conjunto Nacional da Av. Paulista consegue traduzir exatamente a confluência de belezas tão distintas. As lentes do fotografo Roberto Linsker congelaram, quase em palavras, ações de pescadores no litoral brasileiro. Sai de lá falando em rimas, não só pela beleza infinita das fotos em preto e branco, mas também pelos belos textos que serviam de legenda. Tem dois velhos barbudos abraçados num sorriso cheio de maresia. Pés pretos a beira-mar em que as pontas dos dedos desbotados revelam o tempo de água que já pisou. O vai e vem ao longe de homens e redes na areia branca lembram formigas trabalhando. Os músculos torneados pelas redes e vincados pelo tempo, de pescadores que só conhecem aquele canto de mundo chamado mar. São poucas fotos e tanta coisa pra olhar. A arte é assim pra mim. Não está lá apenas, tem que vir junto comigo quando saio. Tem que estar nas

Carnaval, carnaval, carnaval. Eu fico triste quando chega o carnaval.

A frase que ficou famosa nos anos 00 quando os Titãs a colocaram no disco acústico vem bem a calhar na minha vida. Sinceramente o carnaval pra mim tem outro significado. Quando posso viajar, vou para longe da confusão. Se não, fico em casa e são quatro dias de descanso e reflexões. Alguns trabalhos extracurriculares também. Ontem levantei bem cedo e antes de jogar bola gosto de ouvir um bom e pesado rock n’roll. Na contra-mão do resto do meu prédio liguei um Iron Maiden no talo e acendi um cigarro. Uma tragada profunda enquanto acordo me faz sentir longe de verdade da festa da carne. Aliás, será isso mesmo? A festa da carne? Carne – Valle? Vale. A despudorança come solta nestes quatro dias. E eu aqui, curtindo agora minha Janis Joplin. Também não sou tão avesso ao carnaval. Tirando os samba-enredos que ficam tumultuando meu tédio induzido, acho bonito ver alguns carros alegóricos, as mulheres seminuas, um espetáculo à parte, mas lembrar da praia grande lotada de pretensos a playboy ati