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Mostrando postagens de junho, 2008

De sol a sol – vinte anos de surf

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Aos 12 com minha Curle e Curve A serra na Mogi-bertioga iluminada pelo sol das 8h foi o cenário que escolhi para revelar a meus novos amigos que aquela descida representaria o aniversário de vinte anos do surf na minha vida. Quando já na Riviera desci a primeira onda, me lembrei de como tudo começou. A velha sensação de liberdade e de felicidade que o surf proporciona invadiu minha alma do mesmo jeito que a primeira vez. Assim é o surf. Quem se aproxima do esporte percebe sua vibração positiva logo de cara. As praias, as roupas, as cores, a sensação de liberdade é incrível. A impressão que eu tenho, sem falsa modéstia, é que sou precursor dessa sensação, pois quando descobri as pranchas elas eram raras ainda, não era bonito ser surfista por causa dos preconceitos. O fato é que eu pedi uma prancha pro seu Noel e ele trouxe, há exatos 20 anos. (Noel não entendia muito de surf, essa prancha era uma das piores na época. Veio numa caixa de papelão, enrolada num plástico bolha, as quilhas m

Sensível

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Nos últimos cinco minutos senti vontade de chorar três vezes, Duas por que fiquei emocionado com uma música, A outra foi porque lembrei que sou feliz. A felicidade pra mim é uma casa pequenina. Cheirinho de comida caseira, as crianças no quintal, Quando sinto que tenho tudo o que sempre quis, esqueço daquilo que não consegui ter. Não sei se é uma virtude, mas também não é um defeito. Muito pouco me basta, mas o muito pouco que me falta, quero muito. Nunca parei para tentar descobrir o porque da minha felicidade, Mas quando me sinto assim eu sei. Não que eu queira falar... Sabe quando a tarde é clara e fria, Você sente algum cheiro da sua infância, viaja nos pensamentos. A sensibilidade me torna vulnerável e forte ao mesmo tempo. Agora ouço Raul, “Canto para Minha Morte”, Não vou sentir vontade de chorar, nem de morrer, Mas vou lembrar de novo que sou feliz.

O dia em que o Pelé morrer

Às vezes eu tenho a impressão que o Pelé nunca vai morrer. Fico olhando ele no comercial do Vitasay e penso “meu, ele é eterno!” Daí eu vejo que ele também nunca engordou, não bebe, nunca fumou, acho que também nunca se drogou. “Poxa, o Pelé nunca vai morrer mesmo, ele já morreu”. Ele morreu quando marcou o milésimo gol, ou quando fez o Brasil parar com o tricampeonato mundial. Dali em diante sobreviveu uma história, um mito. Mas o fato é que esta lenda ainda está viva e o encarnadíssimo Edson Arantes do Nascimento vai falecer de verdade um dia e estará armada a confusão. Apesar de todos saberem que o Pelé é eterno, ver ele no caixão será um choque paradoxal. Primeiro por causa do próprio mito criado e mitos não morrem e ele estará lá, mortinho da silva. Segundo porque a comoção será tão exageradamente grande que será preciso uma semana para os brasileiros voltar a trabalhar. Segundo porque o governo terá de travar uma discussão ferrenha para decidir quando será o dia de Pelé, feriado