Moto b o y
Senta a prosa Num dia chuvoso, os corredô embaçado, a gente vai que vai. No parabrisa do capacete vai escorrendo a lágrima de Deus. Ninguém fica pensando nisso. Enquanto os retrovisores ficam pra trás um mundo de músicas e conversas escapam no vento. Senta a puia! Tudo sobre o que quiser conversar vai surgindo. Aquela ideia de trampo, a gatinha aqui e acolá, os problemas em casa trazem o amadurecimento. Tanto das ideias, quanto dos próprios personagens que a gente carrega. A baixinha doente, a outra distante. Dá um aperto lembrar daqueles rostinhos lindos e sabê-los crescendo. Encontrando as mesmas dificuldades que eu naquela curva no corredor. Amadurecendo. Amadurecer também é fuga. Enquanto a gente amadurece as ideias, nos permitimos ir além, viajar mesmo, soltar a mente do corpo e levar só o coração. Assim são os melhores vinhos, os melhores livros, uma comida bem preparada e os dias de sol. O coração e a cabeça se ocupam de suas tarefas invertendo as funções no trajeto. Ora a cab