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Mostrando postagens de dezembro, 2007

Reveilão em SP - parte 1

To aqui em casa escrevendo. Quem diria? É difícil pra mim imaginar todo mundo na praia, tomando aquela caipirinha gelada com sol à pino, as crianças brincando e sorrindo, os adultos fingindo ser crianças e o pior, minha família ta toda lá. Aqui fiquei com minha outra família, mas nunca é igual. Fico pensando na meia noite e na hora em que todos vão se abraçar chorando o ano que passou, as coisas que perdemos e outras que ganhamos, as pessoas... Mas por outro lado ficar em casa favorece a reflexão que ajudará enfrentar o próximo ano com mais planejamento, mais objetivo. A tristeza que sinto às vezes me faz lembrar de que as mudanças são bem-vindas, traz experiência. Tenho um mês cumprido por conta das férias de minha chefe no começo do ano. Tenho que conseguir resolver minha faculdade. Mas voltando a praia, então, ta mó legal lá, mas eu to aqui. Rs. Aqui tenho perto minha esposa e minha filha, mais perto. Quero aproveitar pra escrever o que eu pensei em escrever. Vou concluir o projeto

Sou

Invento tanto que nem vejo o que escrevo. Vejo que passou o tempo de reler, mesmo assim releio. Testo meu sexo num balde de gelo e rock n roll. Vou indo em direção ao buraco negro da minha alma que permeia o sentido de ser e fazer, atitude e inércia. Vivo tentando me provar que posso fazer aquilo que não muda nada. Sim, sou capaz, e daí? Daí que isso é muito chato. Daí que minha vida não vai a lugar nenhum sem eu - Assim espero. Daí que eu tenho mil motivos pra satisfazer-me com o que tenho e não tenho nada do que quero. Daí que eu quero mudar de casa e viver a vida que pensei viver nos idos dos meus doze anos. Como eu era inteligente! Como poderia ser tão inteligente naquela época e hoje sou tão burro!? Daí, que o que não faz sentido pra mim não fará mesmo que você queira. Daí, que minha vida não te interessa, mas te influência e te converge em algo que não quer saber. Daí que isso é muito importante. E daí que fico de cuecas fumando na lavanderia e meu apartamento é no térreo? E daí

Revivendo

Em meio a tantos compromissos de férias quase ia me esquecendo deste blog e de tudo o que ele já carrega nas costas com quase dois anos de existência. Faço nos intervalos de descanso e de curtição nas férias alguns compromissos literários que quero assumir e encaro aqui a dificuldade de tê-los em conta na realidade de apresentar algo realmente significativo em tantos projetos que desenvolvo. Tenho a Casa da Lenda que é mais antigo e mais rústico, tenho um livro em andamento com linhas de José Saramago e também uma peça de teatro infantil que devo começar hoje. Embora nada disso tenha muito a ver com meu lado jornalista, minhas letras darão mais vida à minha própria. Às vezes quero criticar minha própria crítica elaborando uma rotina de redações. Às vezes tenho que me lamuriar diante tanta perda de compromissos desses que assumo como projeto. Quando volto para cá me sinto um pouco em casa e em contato com algumas pessoas que ainda lembram que escrevo neste blog. Não faço aqui nenhum ape

Melancolia, eu quero uma pra viver

Hoje eu acordei assim, preso num passado distante revigorado pela chuva fina e o dia escuro que se fez. Um sentimento esquisito que não diz nada demais, mas que também faz você querer voltar à cama como que se fosse possível reverter esse sentimento para algo melhor. Tenho raiva desses dias, tenho vontade de chorar, tenho vontade de esquecer o passado que insiste em viver grudado como um fantasma que quer de tempos em tempos reviver no meu presente. Quando isso acontece fico pensando no que está errado, ou o que está acontecendo para eu me sentir assim. Aos poucos vou deixando algumas lembranças passarem na minha cabeça, como o dia que completei três anos. Na ocasião, meu avô Oriovaldo tinha uma câmera, e não se assustem, daquelas que tem manivela para rodar, e ficava tentando me filmar e eu chorava feito louco porque não queria, e todo mundo lá fora cantando o ‘parabéns a você’, e eu me escondendo numa lavanderia fria que cheirava cândida e mofo. Por isso, talvez, até hoje não goste d