Brasmo do Errádico.
Insuportavelmente eu. Cheio de eumismos caio nos inventos de minha psicologia barata regada a vinho de mesmo preço e ao som da Janis no mais alto volume. Um bêbado.
Sexo, ideologia e muito rock´n roll, não tenho sentido pra escrever apenas escrevo, não tenho escrúpulos vexatórios que me façam desistir de algo que nem sei se fere, nem sei se mata. A vida não é um barato total, é uma luta, de verdade.
Lutamos pra sair do ventre, lutamos contra as pernas bambas que não sabem andar, lutamos contra a adolescência que não sabe se vai ou fica, lutamos pra conquistar uma mulher pra levar pra cama e amar e fazer filho e casar, não nesta ordem necessariamente, mas uma coisa é certa: chega de floreios estudantis que regam nossa cabeça de ilusão, em que tudo é poesia e diversão, somos adultos e o som acaba.
Quando me vejo no espelho hoje, tenho a nítida certeza de que não sou eu quem está ali e sim o que a sociedade fez de mim, o que a cruel cultura dos que nos cercam quis que eu fosse, e cadê eu? Será que vivo escondido de mim mesmo? O que penso no banheiro poderia falar aqui? Não. O que me faz levantar e ir trabalhar todos os dias acreditando que tudo que tenho, um carro, um cpf, uma linda filha. * Coito interrompido, minha família chegou.
Pronto, ficamos nós três, eu e elas, mas sem a Janis, agora um pouco de Rush. Falando em rush, seria exagero mudar o rumo da prosa para cotidiano? Bem, não que eu esteja enfadado do fato de que sou um peão do capitalismo, afinal acabo de voltar de férias e isso é bom, mas tudo aquilo representa exatamente o contrário daquilo que sou lá nos cafundós da alma, daquilo que desvendo em palavras escondidas, uma pouco de aventura misturado com fantasia e outras coisas que entorpecem a mente.
Vivo assim, indo e vindo de mim mesmo, às vezes no metrô, às vezes num bar, não importa. O que importa é que meu cotidiano disfarça a todo momento aquele sujeito oculto que quer tomar meu lugar e fazer todo mundo pensar que pirei, fazer com que todo mundo acredite que estou passeando nos labirintos da contracultura só pra chocar e nada disso é verdade. A verdade é que sei exatamente o que quero. Quero, para contradizer o que me fez ser o que não sou, mudar a sociedade, viver num mundo onde todo mundo é aquilo que nasceu pra ser, sem influências, sem obrigações morais ou religiosas, sem precisar fazer aquilo que não quer. A utopia da Sociedade Alternativa, uma verdade sem medos, sem anseios exagerados, ou seja, tudo aquilo o que o rumo do mundo caminha para longe, neste caso seria realmente um louco, não acham? Imaginem um mundo sem a bomba atômica. Um mundo sem Bush, sem Bin Laden, se bem que neste caso acho que um só existe por causa do outro. Vamos além: um mundo onde anda pelado quem quer, onde todo mundo faz arte, sejam poesias, pinturas, esculturas, música! Um mundo em que todos trabalham naquilo que desejam trabalhar, se ajudam, se toleram, sem se adaptar, um mundo onde a força maior é a força da inteligência emocional, um mundo sem doutrinas, com toda a tecnologia, mas sem regras exacerbadas que impedem o ser de simplesmente ser.
Esta sociedade já foi sonhada por outros, Osho, Raul Seixas, Gandhi entre outros, mas foi engolida pelo canibalismo capital e nunca tomaram poder, simplesmente porque renunciam o poder que tem valor por aqui.
Vou ficando sem força por causa do vinho, ou por causa da desilusão, ou por causa da fome, sei lá. Essa é minha pequenina arma, a escrita. Esta é minha pequena contribuição pra dizer que o sonho não acabou, apenas deu um tempo. Reflita, ignore, “faça o que tu queres, há de ser tudo da lei”. Um beijo Axl Folly.
Sexo, ideologia e muito rock´n roll, não tenho sentido pra escrever apenas escrevo, não tenho escrúpulos vexatórios que me façam desistir de algo que nem sei se fere, nem sei se mata. A vida não é um barato total, é uma luta, de verdade.
Lutamos pra sair do ventre, lutamos contra as pernas bambas que não sabem andar, lutamos contra a adolescência que não sabe se vai ou fica, lutamos pra conquistar uma mulher pra levar pra cama e amar e fazer filho e casar, não nesta ordem necessariamente, mas uma coisa é certa: chega de floreios estudantis que regam nossa cabeça de ilusão, em que tudo é poesia e diversão, somos adultos e o som acaba.
Quando me vejo no espelho hoje, tenho a nítida certeza de que não sou eu quem está ali e sim o que a sociedade fez de mim, o que a cruel cultura dos que nos cercam quis que eu fosse, e cadê eu? Será que vivo escondido de mim mesmo? O que penso no banheiro poderia falar aqui? Não. O que me faz levantar e ir trabalhar todos os dias acreditando que tudo que tenho, um carro, um cpf, uma linda filha. * Coito interrompido, minha família chegou.
Pronto, ficamos nós três, eu e elas, mas sem a Janis, agora um pouco de Rush. Falando em rush, seria exagero mudar o rumo da prosa para cotidiano? Bem, não que eu esteja enfadado do fato de que sou um peão do capitalismo, afinal acabo de voltar de férias e isso é bom, mas tudo aquilo representa exatamente o contrário daquilo que sou lá nos cafundós da alma, daquilo que desvendo em palavras escondidas, uma pouco de aventura misturado com fantasia e outras coisas que entorpecem a mente.
Vivo assim, indo e vindo de mim mesmo, às vezes no metrô, às vezes num bar, não importa. O que importa é que meu cotidiano disfarça a todo momento aquele sujeito oculto que quer tomar meu lugar e fazer todo mundo pensar que pirei, fazer com que todo mundo acredite que estou passeando nos labirintos da contracultura só pra chocar e nada disso é verdade. A verdade é que sei exatamente o que quero. Quero, para contradizer o que me fez ser o que não sou, mudar a sociedade, viver num mundo onde todo mundo é aquilo que nasceu pra ser, sem influências, sem obrigações morais ou religiosas, sem precisar fazer aquilo que não quer. A utopia da Sociedade Alternativa, uma verdade sem medos, sem anseios exagerados, ou seja, tudo aquilo o que o rumo do mundo caminha para longe, neste caso seria realmente um louco, não acham? Imaginem um mundo sem a bomba atômica. Um mundo sem Bush, sem Bin Laden, se bem que neste caso acho que um só existe por causa do outro. Vamos além: um mundo onde anda pelado quem quer, onde todo mundo faz arte, sejam poesias, pinturas, esculturas, música! Um mundo em que todos trabalham naquilo que desejam trabalhar, se ajudam, se toleram, sem se adaptar, um mundo onde a força maior é a força da inteligência emocional, um mundo sem doutrinas, com toda a tecnologia, mas sem regras exacerbadas que impedem o ser de simplesmente ser.
Esta sociedade já foi sonhada por outros, Osho, Raul Seixas, Gandhi entre outros, mas foi engolida pelo canibalismo capital e nunca tomaram poder, simplesmente porque renunciam o poder que tem valor por aqui.
Vou ficando sem força por causa do vinho, ou por causa da desilusão, ou por causa da fome, sei lá. Essa é minha pequenina arma, a escrita. Esta é minha pequena contribuição pra dizer que o sonho não acabou, apenas deu um tempo. Reflita, ignore, “faça o que tu queres, há de ser tudo da lei”. Um beijo Axl Folly.
Comentários
É isso aí Casse