A vida loka.

Parado numa esquina de um bar, um lar de ninguém, um lugar perigoso...
Chego a pensar numa dor de barriga, que poderá me apertar, num banheiro sujor pra cheirar, uma casca de ferida roçando no jeans, uma luta contra esteriótipos de mim mesmo.
O movimento é o crime que se esconde num sorriso amarelo, num bebado que vem lhe comprimentar com um sorriso sem dentes, no pacote escondido na mesa de bilhar...
A vida é um papel escrito e sugado feito fumaça, feito dinheiro que queima como oxigênio.
Gênio é o tempo que sabe notar que o balcão da esquina abriga almas embrenhadas na arte de fugir. A fuga enrolada, inalada, bebida, impregnada de falsas conclusões, é o comércio de ilusões.
Num planetóide onde tudo se vende, todos os desenhos deste canto de balcão é vendido como uma situação com suas glórias e derrotas.
A aventurança se acaba quando a troca é feita, uma via de duas mãos, uma segura o dinheiro a outra a ilusão.

Comentários

Anônimo disse…
Adorei, sensacional, me achei em cada palavrinha deste texto, com certeza saberá quem sou!!! Bj no coração

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