Antes do fim de tudo (Facu)

Essa é a última parte de uma vida em quatro anos. A faculdade chegou ao fim e a sensação de missão cumprida está acompanhada de alívio e curiosidade sobre o futuro. Me sinto como o Brasil dos anos 80, o país do futuro, mas sem nenhum indicativo do que virá nesse futuro.

A longa caminhada guardou momentos inesquecíveis, trabalhos, provas, festas e principalmente as amizades. A faculdade de jornalismo tem outras realidades. Aliás, duras realidades. A carreira não é a das mais bem pagas, no meio do curso, a extinção da lei de imprensa dispensou o diploma para exercer a profissão. E, mesmo com o boom de canais, com o advento digital, o mercado parece saturado de cidadãos aptos a exercer a profissão.

O romantismo que sondava os jornalistas deu lugar à corrupção capitalista e pipocam assessorias de imprensa qualificadas a “vender” notícia. Não que isto seja menos nobre, mas as mudanças são profundas.

Alguém como eu que não tem medo de mostrar que sonha, e até idealiza, almeja muito mais que um veículo para ganhara a vida, almeja ser capaz de transformar um pequeno pedaço de mundo que seja. Promover a justiça, a moral, a ética, a verdade, e proteger a sociedade.

As transformações da faculdade são claras, mesmo considerando as limitações pessoais e da própria instituição, a educação é adequada para exercer a profissão com êxito.

Antes porém de chegar aos finalmente, penso nas linhas de Niemayer que não verei mais nas tarde de verão. Penso nos amigos que fizeram junto comigo, ou de alguma forma participaram dessa conquista e quanto eles farão falta. Penso nos prazos apertados, no discurso consistente do professor, nas conversas de corredor e concluo que tudo valeu à pena.



Educação é uma linha da vida que começa e só termina quando decidirmos não estudar mais. Voltarei a falar do assunto por aqui. Mas esta faculdade, cumpriu sua sentença, finalizou sua participação e ficará para sempre.

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