Canto para minha sorte

Não raro as investidas que dou são furos inimagináveis. É preciso ter sorte para não ter alguém perseguindo minha consciência. Não sei se todo mundo é assim, mas quando percebo que deixei minha inteligência ser dominada pela vingança, fico entregue às mais reversas reações.

Não é maldade, não sou sarcástico, mas também minha cabeça não pode ser subestimada. Tenho que reagir aos ataques contra mim e às vezes exagero. Neste exagero sou sutil e certeiro. Quantas vezes deixei uma pessoa muda com uma ironia direta. O discurso polido de político que ataca um por vez sem deixar marcas.

Me descobri assim olhando outro. Este outro que também sofreu com uma deixa maliciosa, ou uma revelação inútil, mas verdadeira que o fez perder o rebolado. Não sinto orgulho disso, não tenho intenção muitas vezes de fazer o que fiz, mas quando vejo já foi. Daí as brigas com o travesseiro, o arrastar dos dias pensando nas desculpas que deveria e poderia pedir.



Este defeito precisa ser falado para ser tratado. Nem todos meus algozes não merecem essa resposta, mas posso ser mais inteligente que simplesmente deixar escapar. Posso distinguir os que estão apenas querendo me entender daqueles que querem me prejudicar. Sei que mudanças profundas devem acontecer para eu não errar mais, mas sei que estou no caminho certo.

Desculpa meu velho, desculpa meu amigo, desculpa meu colega. Foi mal.

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