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Mostrando postagens de abril, 2010

Sacada do Sr. Sacae

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O debate na inauguração da exposição Naufrágio de Sundarbans – Projeto Vozes Climáticas contou com a presença do fotógrafo e professor João Kulcsar, a professora da PUC Conceição Golobovante, e do curador Alécio Rossi, além do fotógrafo inglês Peter Caton e a designer e fotógrafa Cristiane Aoki , responsáveis pelo trabalho. Apesar de estar bem amparada, a mesa poderia receber tranquilamente para enriquecer ainda mais a questão, o pai da Cristiane Aoki, senhor Sacae Watanabe. O tranqüilo morador de Botucatu foi quem mais me ensinou nesta noite de puro aprendizado. Quando cheguei no Tucarena perguntei para o senhor Sacae se ele era o fotógrafo João Kulcsar, para quem já tinha várias perguntas em mente, discreto, mas muito simpático, o senhor Sacae se apresentou e daí começou não uma conversa, mas uma amizade. Falou sobre o trabalho da filha, enfatizou a causa que ali estavam defendendo e em alguns pontos, me disse coisas que poucas pessoas tem sabedoria para poder falar. Ainda falando

Mr. America in Braz(s)il

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Cheguei sedento para ver as obras de Andy Warhol e não me decepcionei. As Marylins, Mao Tse Tung, os Kenedys estavam lá sendo observados por uma verdadeira multidão. Várias reflexões rolando na excêntrica pop art do americano consumista que, melhor que ninguém, sintetizou esse movimento. De cara, a exposição abre com as cores fortes que marcam o estilo de Warhol. Um papel de parede de vacas amarelas e fundo azul davam suporte ao Mao, ao Lênin (sombrio) e a uma cruz enorme, fruto de seu lado religioso. Na segunda sala, a sequência de cadeiras elétricas era mais bonita que seu significado. Ele diz que a repetição reduz a importância de uma atrocidade, da morte por exemplo. Alias, algo que chamou atenção é que as pessoas pareciam mais interessadas no que ele diz do que no que ele pinta. Curioso, não? Não. Acho que ele ainda tem muito a dizer para a sociedade do consumo e da informação. Voltando às telas, o destaque de John Wayne, ao lado do índio Gerônimo me deixou pasmo tamanha beleza.

Carta pública para uma amiga

Um dia um sonho de menina faceira me apareceu. De contos em contos nos tornamos tão amigos que dividiríamos tranquilamente um ventre comum. Mas Deus assim não quis, me fez de sua cor oposta e deixou o destino nos unir. Mas que tipo de união teríamos? Confesso que poderia ser qualquer um, tanto que nos tornamos amigos namorando, e namoramos quando nos tornamos amigos. Namoro de carinho, de respeito. Desta lambança nos tornamos irmãos. Irmão Noite e irmã Lua. Nossa trajetória foi se distanciando. Ela casou-se e mudou-se. No dia do seu casamento (que hoje digo graças por não ter ido) eu lhe falei por telefone. Senti seu coração perfeito, batendo à toa, mas me calei em segredo. Cinco anos depois ela me salta de um fusca na porta de casa. Explodi de alegria, aquele rosto, aquele sorriso... Era meu sangue que corria pra me abraçar. Ali sabíamos da nossa irmandade que perduraria para sempre. E, desde então, estamos fielmente ligados, prontos a nos ajudar e apoiar enquanto tivermos forças de a

Mãos ao alto, é a polícia!

Procuro volta e meia refletir sobre coisas absurdas que vejo ou percebo no meu dia a dia. A última aconteceu já faz uns dias, mas fiquei tão encasquetado que tive de escrever. Carreguei minhas 11 mulheres para tomar um café na padaria (na verdade 5, mas parece mais) e depois de entregar meu pedido já pago ao balconista, avisto uma Meriva bonitona da polícia encostar. Até ai tudo bem, mas vai ouvindo. O gambé, nesse caso é gambé porque não merece meu respeito, desceu e encostou a farta pança no balcão. “Dá um café com leite, por favor (educado@!#) e um misto quente com duas fatias de...” ao que é interrompido (também educadamente pelo balconista) “O senhor pode pegar a ficha no caixa, por favor?”. Eu estava curtindo aquela manhã ensolarada com minhas pretinhas na padoca numa nice , gastei apenas 15 contos e elas ficaram superfelizes, me enche de alegria vê-las aproveitando o que posso humildemente proporcionar com meu ganha pão. E aquele gambé filho da puta conseguiu estragar tudo ao re