Literatura - Rota 66 - Caco Barcellos
BARCELLOS, Caco. Rota 66, 35. ed. – São Paulo: Globo, 2001.
A investigação jornalística sempre leva assinatura de uma personalidade corajosa e criativa, preceitos báscios para uma boa história recheada de revelações, muitas delas assombrosas. Assim é Caco Barcellos em Rota 66, sua infiltração nos meios sórdidos da polícia dos anos 70, nos remete a uma injustiça incalculável e à reflexão do quão longe estamos de termos a cegueira desanuviada de nossos olhos.
As perseguições meticulosamente detalhadas, os números profundamente e exaustivamente estudados pelo autor e seus colaboradores nos trazem a realidade com mais força neste livro.
Pessoas inocentes morrem covardemente na mão desta, que era a esperança de segurança em São Paulo, polícia autoritária e soberana. Quando lemos os relatos nas favelas e nos colocamos no lugar de um transeunte que testemunha um assassinato, nos sentimos tão impotentes quanto os personagens foram in loco. Depois de ler compreendi por que minha mãe nos idos dos anos 80 sempre recomendava que eu andasse com os documentos: porque a polícia é perigosa.
A polícia desnuda nos coloca numa situação de insegurança e medo em que todos são suspeitos, desde o raso ao comandante, todos fazem, ou fizeram, parte de um conglomerado que visava não só a segurança da população, mas também a encoberta de suas falhas fatais. Criança, favela, correria e muita munição recheiam este livro-denuncia e permite perceber que métodos são disciplinas e violência nunca é parcial.
Para o futuro jornalista, uma leitura imprescindível, uma verdadeira aula de como tratar um objeto de pesquisa. Para todo o público uma realidade vizinha que a todo momento nos invade. Em ambos vale a pena a leitura.
As perseguições meticulosamente detalhadas, os números profundamente e exaustivamente estudados pelo autor e seus colaboradores nos trazem a realidade com mais força neste livro.
Pessoas inocentes morrem covardemente na mão desta, que era a esperança de segurança em São Paulo, polícia autoritária e soberana. Quando lemos os relatos nas favelas e nos colocamos no lugar de um transeunte que testemunha um assassinato, nos sentimos tão impotentes quanto os personagens foram in loco. Depois de ler compreendi por que minha mãe nos idos dos anos 80 sempre recomendava que eu andasse com os documentos: porque a polícia é perigosa.
A polícia desnuda nos coloca numa situação de insegurança e medo em que todos são suspeitos, desde o raso ao comandante, todos fazem, ou fizeram, parte de um conglomerado que visava não só a segurança da população, mas também a encoberta de suas falhas fatais. Criança, favela, correria e muita munição recheiam este livro-denuncia e permite perceber que métodos são disciplinas e violência nunca é parcial.
Para o futuro jornalista, uma leitura imprescindível, uma verdadeira aula de como tratar um objeto de pesquisa. Para todo o público uma realidade vizinha que a todo momento nos invade. Em ambos vale a pena a leitura.
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