Tormentos musicais - Michael ao pé da cama
Michael Jackson apareceu na minha casa tentando puxar meu pé enquanto dormia. Aquele preto filho-da... Quer dizer, aquele branquelo amarelo impregnou tanto na imprensa, no escritório, no futebol que foi aparecer justamente no meu sonho querendo me levar pro caixão dourado, vá-lha-me Deus!
Na verdade não sei bem se estava sonhando totalmente, porque foi assim: Eu abri os olhos e percebi um vulto cabeludo entrando no meu quarto. Fiquei meio assustado, lógico, me cobri um pouco, mas resolvi olhar de novo. Lá estava ele, no pé da minha cama me olhando. Demorou um pouco pra eu ver seu vulto de novo, mas de repente no meio da escuridão surgiram aqueles olhos amarelos e aquela risada louca ecoou pelo quarto “hahahahaha”. Dei um pulo e o safado escapou pela porta.
Acendi a luz decidido a me acalmar até ouvir uma batida meio funk, meio rock vinda do lado de fora. Puxei um porrete amigo meu que dorme embaixo da cama e segui o barulho. De repente estava na rua correndo feito louco no meio da avenida, daí apareceu uma menina que eu namorava quando era criança na porta de um prédio dizendo “ele entrou aqui, ele entrou aqui”. Lembrei dos bailinhos que a gente dançava All be der e se beijava escondido. Entrei correndo no prédio e não estava mais fugindo, estava atrás dele.
O prédio escuro se tornou uma armadilha. Diminuí o passo e comecei a subir as escadas lentamente. Degrau após degrau parecia que eu via seu cabelo com aquela permanente do Triller balançando. Mais um lance e uma porta estava aberta. Entrei no apartamento naquela escuridão e alguém segurou meu ombro. Virei e dei, acertei na cabeça e o bicho caiu, quando olhei era o Leonel Ricthie, “mas que intrometido”, pensei. Puta o cara tava sangrando. De novo a risada ecoando pela escadaria “HAHAHAHA” dessa vez bem mais forte.
Corria de novo pelo meio da avenida que era bem estranha porque de repente ficou sem saída. Cheguei ao final e era uma casa abandonada. Lembrei do Juan Felipe que minha mãe dava carona do colégio. Ele não podia ver uma casa em ruínas que falava: “é a casa do Michael Jackson”, todo gay que ele parecia ser mesmo. Entrei na casa e eles me cercaram. Os Zumbis cantando “pire, pire, pire” bem lenta, como se fosse um funeral, o meu funeral. Fui sendo acuado para o que parecia o cômodo principal da casa e lá estava ele. Com aquele sorriso maroto de criança abandonada e feliz, duas coisas que ele não era, e deitei no meio do chão cercado de velas. Ao fundo, Steve Wonder cantava sacudindo a cabeça em seu piano. Fechei os olhos e disse, “quero acordar, quero acordar, quero acordar”, então, a música parou.
Abri os olhos lentamente e tudo tinha sumido, mas ele ainda estava lá. Meio velho parecia, mas preso na Terra do Nunca não poderia ser ele. Quando ele se mexeu eu percebi que estava coxo de uma perna. Pensei “Filho-da-puta não conseguiu me levar e chamou o Roberto Carlos”, mas este estava vivo ainda, por incrível que pareça.
Acordei banhado em suor, corri pra sala e liguei a TV, lá estava o rei brasileiro, cantando para todos os asilos do Brasil reunidos no Maracanã em homenagem a si próprio, comemorando 50 anos de nhênhênhê.
Tomei um copo d’água e fiquei olhando aquela cena, até com certa simpatia e alívio de saber que ele estava vivo e não tentava puxar meu pé. Ele anunciou “Meu amigo, Erasmo Carlos”, e em vez de sua tradicional risada, veio um sonoro “HAHAHAHA”.
Na verdade não sei bem se estava sonhando totalmente, porque foi assim: Eu abri os olhos e percebi um vulto cabeludo entrando no meu quarto. Fiquei meio assustado, lógico, me cobri um pouco, mas resolvi olhar de novo. Lá estava ele, no pé da minha cama me olhando. Demorou um pouco pra eu ver seu vulto de novo, mas de repente no meio da escuridão surgiram aqueles olhos amarelos e aquela risada louca ecoou pelo quarto “hahahahaha”. Dei um pulo e o safado escapou pela porta.
Acendi a luz decidido a me acalmar até ouvir uma batida meio funk, meio rock vinda do lado de fora. Puxei um porrete amigo meu que dorme embaixo da cama e segui o barulho. De repente estava na rua correndo feito louco no meio da avenida, daí apareceu uma menina que eu namorava quando era criança na porta de um prédio dizendo “ele entrou aqui, ele entrou aqui”. Lembrei dos bailinhos que a gente dançava All be der e se beijava escondido. Entrei correndo no prédio e não estava mais fugindo, estava atrás dele.
O prédio escuro se tornou uma armadilha. Diminuí o passo e comecei a subir as escadas lentamente. Degrau após degrau parecia que eu via seu cabelo com aquela permanente do Triller balançando. Mais um lance e uma porta estava aberta. Entrei no apartamento naquela escuridão e alguém segurou meu ombro. Virei e dei, acertei na cabeça e o bicho caiu, quando olhei era o Leonel Ricthie, “mas que intrometido”, pensei. Puta o cara tava sangrando. De novo a risada ecoando pela escadaria “HAHAHAHA” dessa vez bem mais forte.
Corria de novo pelo meio da avenida que era bem estranha porque de repente ficou sem saída. Cheguei ao final e era uma casa abandonada. Lembrei do Juan Felipe que minha mãe dava carona do colégio. Ele não podia ver uma casa em ruínas que falava: “é a casa do Michael Jackson”, todo gay que ele parecia ser mesmo. Entrei na casa e eles me cercaram. Os Zumbis cantando “pire, pire, pire” bem lenta, como se fosse um funeral, o meu funeral. Fui sendo acuado para o que parecia o cômodo principal da casa e lá estava ele. Com aquele sorriso maroto de criança abandonada e feliz, duas coisas que ele não era, e deitei no meio do chão cercado de velas. Ao fundo, Steve Wonder cantava sacudindo a cabeça em seu piano. Fechei os olhos e disse, “quero acordar, quero acordar, quero acordar”, então, a música parou.
Abri os olhos lentamente e tudo tinha sumido, mas ele ainda estava lá. Meio velho parecia, mas preso na Terra do Nunca não poderia ser ele. Quando ele se mexeu eu percebi que estava coxo de uma perna. Pensei “Filho-da-puta não conseguiu me levar e chamou o Roberto Carlos”, mas este estava vivo ainda, por incrível que pareça.
Acordei banhado em suor, corri pra sala e liguei a TV, lá estava o rei brasileiro, cantando para todos os asilos do Brasil reunidos no Maracanã em homenagem a si próprio, comemorando 50 anos de nhênhênhê.
Tomei um copo d’água e fiquei olhando aquela cena, até com certa simpatia e alívio de saber que ele estava vivo e não tentava puxar meu pé. Ele anunciou “Meu amigo, Erasmo Carlos”, e em vez de sua tradicional risada, veio um sonoro “HAHAHAHA”.
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