Copa 2006 – O que você disse sobre a seleção brasileira?
Chega a ser engraçada a reação do povo brasileiro perante uma derrota em copa do mundo, eu particularmente nunca tinha reparado nisso, mas observando como um espectador “out” percebi algumas reações que podem ser generalizadas.
A primeira e mais evidente é a transformação do mais ativo e fervoroso torcedor canarinho num mero e cético acompanhador de futebol. Antes ele dizia e batia no peito, “Com minha seleção não há quem possa!”, depois da derrota, e ainda por cima para a França, seleção da qual alguns já nos chamam de freguês, muda seu discurso completamente, apontando defeitos pré-existentes no escrete nacional. Dizendo que seria impossível levantar mais uma taça com aquele time. Aquele mesmo que há pouco era invencível.
O dia seguinte à queda definitiva da disputa favorece subjetivamente as mulheres. Elas sabiam que aquele time não passava de um conglomerado de pernas bonitas e por isso apenas gritavam histéricas no avanço ou na regressão do selecionado. Os observadores mais críticos apesar de quase chorarem quando foi dado o apito final, tem maior credibilidade e chegam ao trabalho dizendo: “num falei”, e falou mesmo.
Agora o mais incrível é descobrir a cada metrô que se pega, a cada ônibus que se sobe, em cada corredor de empresa e todos os outros lugares, que todos nós tínhamos uma solução para a seleção fazer diferente e ganhar da França. Até elas, as mulheres, são capazes de soluções plausíveis para uma vitória fácil, sem maiores sustos, que nos levaria a tão almejada e esperada taça de Hexa-campeão Mundial de Futebol. Não foi dessa vez, por que VOCÊ não estava lá.
No final das conversas predomina o futuro distante e consolador da próxima copa. “2010 tá logo ai, não vamos ver mais o famigerado Cafu, o cansado Roberto Carlos, e muito menos o gordinho do Ronaldo”. Evidenciando mais uma vez a fraca memória do brasileiro, que a esta altura esqueceu do gesto imortal do capitão quebrador de recordes erguendo a taça ainda na copa passada, do Roberto batendo com violência aquela falta que nos deu a vitória, do recordista de gols em copas Ronaldo “o fenômeno” (?), desconcertando o zagueiro e batendo no cantinho, sem chance pra goleiro nenhum.
Assim cabe a cada um fazer um apanhado dos próprios comentários para na próxima copa se candidatar a técnico, ou simplesmente falar com mais experiência, deixando de lado os prantos e traumas em que personagens à parte fizeram história, digna de um campeão e não um mero carrasco da seleção, como Michel Platini, Canigia e agora como em 98 Zinedine Zidane. É dele que vamos lembrar quando movimentarmos novamente nossa boca falastrona para lembrar da copa de 2006. Zidane, Zidane que se dane!
A primeira e mais evidente é a transformação do mais ativo e fervoroso torcedor canarinho num mero e cético acompanhador de futebol. Antes ele dizia e batia no peito, “Com minha seleção não há quem possa!”, depois da derrota, e ainda por cima para a França, seleção da qual alguns já nos chamam de freguês, muda seu discurso completamente, apontando defeitos pré-existentes no escrete nacional. Dizendo que seria impossível levantar mais uma taça com aquele time. Aquele mesmo que há pouco era invencível.
O dia seguinte à queda definitiva da disputa favorece subjetivamente as mulheres. Elas sabiam que aquele time não passava de um conglomerado de pernas bonitas e por isso apenas gritavam histéricas no avanço ou na regressão do selecionado. Os observadores mais críticos apesar de quase chorarem quando foi dado o apito final, tem maior credibilidade e chegam ao trabalho dizendo: “num falei”, e falou mesmo.
Agora o mais incrível é descobrir a cada metrô que se pega, a cada ônibus que se sobe, em cada corredor de empresa e todos os outros lugares, que todos nós tínhamos uma solução para a seleção fazer diferente e ganhar da França. Até elas, as mulheres, são capazes de soluções plausíveis para uma vitória fácil, sem maiores sustos, que nos levaria a tão almejada e esperada taça de Hexa-campeão Mundial de Futebol. Não foi dessa vez, por que VOCÊ não estava lá.
No final das conversas predomina o futuro distante e consolador da próxima copa. “2010 tá logo ai, não vamos ver mais o famigerado Cafu, o cansado Roberto Carlos, e muito menos o gordinho do Ronaldo”. Evidenciando mais uma vez a fraca memória do brasileiro, que a esta altura esqueceu do gesto imortal do capitão quebrador de recordes erguendo a taça ainda na copa passada, do Roberto batendo com violência aquela falta que nos deu a vitória, do recordista de gols em copas Ronaldo “o fenômeno” (?), desconcertando o zagueiro e batendo no cantinho, sem chance pra goleiro nenhum.
Assim cabe a cada um fazer um apanhado dos próprios comentários para na próxima copa se candidatar a técnico, ou simplesmente falar com mais experiência, deixando de lado os prantos e traumas em que personagens à parte fizeram história, digna de um campeão e não um mero carrasco da seleção, como Michel Platini, Canigia e agora como em 98 Zinedine Zidane. É dele que vamos lembrar quando movimentarmos novamente nossa boca falastrona para lembrar da copa de 2006. Zidane, Zidane que se dane!
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