Cansei de ser eu
Me sinto calado gritando a plenos pulmões,
Me sinto cego em plena luz do dia,
Sou fã, sou família, mas vejo meu caminho de dominós desmoronando junto com minha alma.
Não há mais sonhos, não há mais caminhos iluminados de sucesso e vitória,
Quase todos meus sonhos estão gastos. Não vejo mais linhas escritas no branco do papel, não vejo mais o trem da alegria real e vibrante que tinha na adolescência.
Estou no meio do nada. Não me sinto velho, não me sinto novo.
Estou distante de tudo que tanto desejei quando descobri o amor.
Todos os tropeços, todas as derrotas venceram. As barreiras da vida estão maiores que a Muralha da China.
Não são meus dedos calejados, não é minha preguiça em acordar cedo, não é minha poesia que falha a existência. É todo o resto que me cerca. É o mundo que foge dos meus pés toda vez que eu acredito que poderei vencer e mesmo assim, não sou a derrota.
Também não sou o conformismo, também não deixei de tentar, mas acho que vou parar de sonhar. O sonho me consumiu durante anos a fio sem me dar nada em troca. Vivi acreditando que um dia poderia mudar o mundo e a doença dele mudou.
Não há revoltas, não há ideologias, apenas desesperança. Tentei não escrever isso durante muito tempo. Fingi acreditar ainda em uma coisa que não possuía, pensei positivo, mas esqueci completamente quando no alto da minha meia idade, me percebi tão impotente quanto quando tinha toda a experiência dos meus doze anos.
Deixo de lado meu livro, deixo de lado minhas letras, minhas vidas escondidas, meus personagens de mim mesmo. Não vou ser feliz assim, não vou ver meus louros no fim da vida.
Continuarei aqui. Com meus amigos, meus livros e num baú velho e trancado, meus sonhos.
Me sinto cego em plena luz do dia,
Sou fã, sou família, mas vejo meu caminho de dominós desmoronando junto com minha alma.
Não há mais sonhos, não há mais caminhos iluminados de sucesso e vitória,
Quase todos meus sonhos estão gastos. Não vejo mais linhas escritas no branco do papel, não vejo mais o trem da alegria real e vibrante que tinha na adolescência.
Estou no meio do nada. Não me sinto velho, não me sinto novo.
Estou distante de tudo que tanto desejei quando descobri o amor.
Todos os tropeços, todas as derrotas venceram. As barreiras da vida estão maiores que a Muralha da China.
Não são meus dedos calejados, não é minha preguiça em acordar cedo, não é minha poesia que falha a existência. É todo o resto que me cerca. É o mundo que foge dos meus pés toda vez que eu acredito que poderei vencer e mesmo assim, não sou a derrota.
Também não sou o conformismo, também não deixei de tentar, mas acho que vou parar de sonhar. O sonho me consumiu durante anos a fio sem me dar nada em troca. Vivi acreditando que um dia poderia mudar o mundo e a doença dele mudou.
Não há revoltas, não há ideologias, apenas desesperança. Tentei não escrever isso durante muito tempo. Fingi acreditar ainda em uma coisa que não possuía, pensei positivo, mas esqueci completamente quando no alto da minha meia idade, me percebi tão impotente quanto quando tinha toda a experiência dos meus doze anos.
Deixo de lado meu livro, deixo de lado minhas letras, minhas vidas escondidas, meus personagens de mim mesmo. Não vou ser feliz assim, não vou ver meus louros no fim da vida.
Continuarei aqui. Com meus amigos, meus livros e num baú velho e trancado, meus sonhos.
Comentários