O homem nasce, cresce, fica bobo e casa. Como se não bastasse, procria.
O pobre quando nasce é envolto numa redoma de ilusões que o faz pensar até meados de sua vida que é possível alcançar o almejado posto de bem sucedido, no entanto os percalços da vida mostram que nadar contra a forte correnteza o faz ficar sempre no mesmo lugar, os anos passam, a fisionomia muda, as pessoas ao redor mudam, mas a casta é a mesma. Sempre a mesma.
Começa na adolescência com o indicio de uma vida realmente promissora. Quando o jovem começa a trabalhar e tudo que aprendeu na escola começa a fazer sentido e lhe render frutos, traz a ilusão de que o poder de adquirir bens materiais depende somente dele, e transforma a mente humana de tal maneira não é possível ver no futuro que o aguarda a realidade de sua posição social. Não é possível separar o joio do trigo, ou seja, não fica claro para ele a qual sociedade pertence. Nesse momento, planos incrivelmente palpáveis transformam o ego da pessoa pendendo sempre para aquilo que é vendido em todos os tipos de mídia possíveis e imagináveis. Carrões importados, casa grande com piscina, um belo cachorro de raça e uma linda casa de praia. Então, o individuo se apaixona.
Essa paixão é o inicio de duas vertentes opostas que se confundem, o homem pensa que quando tiver carrões e etc, vai precisar de alguém para dividir o vasto patrimônio, e na realidade a dureza da vida mostra aos poucos que as coisas começam escapar das mãos sonhadoras que calejadas pela paixão cega sente na pele, ou melhor, no calo, que seus objetivos estão cada vez mais distantes. Ainda assim, lubridiado pelas ilusões da adolescência pede a outra mão em casamento. Está formada a união de dois egoísmos que perpetuará uma classe social.
Quem casa quer casa, não é assim o ditado? Pois bem, assume-se assim o compromisso de pagar um aluguel, ou uma prestação que não terá fim para um salário apertado que compra a felicidade momentânea e mais um pouquinho de ilusão. Tem também o carro que bebe mais que ele, tem a dispensa que ora cheia, ora vazia faz oscilar a conta bancária que não sai do vermelho. Mesmo assim o ninho de amor construído com suor e sangue continua acalentar o coração cansado de sofrer.
Um homem adulto, bem casado, freqüenta agora não as lojas badaladas do shopping center e sim o boteco da esquina com os amigos do bairro. Vê seus amigos sorridentes de mãos dadas com suas esposas barrigudas à espera de um filho, e é essa felicidade conjugal que vem outra vez iludir aquele que cheio de dividas contraídas pela sobrevivência, aposta num futuro melhor, sem perceber ainda que desde que nasceu não saiu do lugar, sem perceber que seus sonhos estão se esvaindo. Ele chega em casa sorri para a mulher e diz: quero ter um filho com você.
O filho vem e com ele novas despesas e dificuldades. Sua evolução profissional não é suficiente para arcar com tantos desejos e bocas para alimentar, sua formação acadêmica ficou no passado, estagnada pela necessidade de manter o trabalho à mão, cumprindo as ordens do patrão, trabalhando até tarde, virando a noite para comprar o carrinho do bebê. Nesse momento o homem olha para trás e percebe que trocou valores em sua vida desde que casou, renunciando um projeto de vida que há muito tempo não dá as caras. O sonho está morto.
Apesar disto seu filho crescido e iniciado na sina de proletário segue os mesmos passos do pai. Primeiro sonha, depois se apaixona, casa, e têm um filho que fará a mesmíssima coisa que ele e seu pai fizeram. E distante de tudo isso a vida continua, porque a essência de estar vivo não é aquilo que se conquista e sim a felicidade que se mantém, o homem é do tamanho daquilo que seus olhos podem enxergar e não há fabula ou dinheiro que mude essa perspectiva, seja num campinho de futebol ou no alto da torre Eiffel.
Começa na adolescência com o indicio de uma vida realmente promissora. Quando o jovem começa a trabalhar e tudo que aprendeu na escola começa a fazer sentido e lhe render frutos, traz a ilusão de que o poder de adquirir bens materiais depende somente dele, e transforma a mente humana de tal maneira não é possível ver no futuro que o aguarda a realidade de sua posição social. Não é possível separar o joio do trigo, ou seja, não fica claro para ele a qual sociedade pertence. Nesse momento, planos incrivelmente palpáveis transformam o ego da pessoa pendendo sempre para aquilo que é vendido em todos os tipos de mídia possíveis e imagináveis. Carrões importados, casa grande com piscina, um belo cachorro de raça e uma linda casa de praia. Então, o individuo se apaixona.
Essa paixão é o inicio de duas vertentes opostas que se confundem, o homem pensa que quando tiver carrões e etc, vai precisar de alguém para dividir o vasto patrimônio, e na realidade a dureza da vida mostra aos poucos que as coisas começam escapar das mãos sonhadoras que calejadas pela paixão cega sente na pele, ou melhor, no calo, que seus objetivos estão cada vez mais distantes. Ainda assim, lubridiado pelas ilusões da adolescência pede a outra mão em casamento. Está formada a união de dois egoísmos que perpetuará uma classe social.
Quem casa quer casa, não é assim o ditado? Pois bem, assume-se assim o compromisso de pagar um aluguel, ou uma prestação que não terá fim para um salário apertado que compra a felicidade momentânea e mais um pouquinho de ilusão. Tem também o carro que bebe mais que ele, tem a dispensa que ora cheia, ora vazia faz oscilar a conta bancária que não sai do vermelho. Mesmo assim o ninho de amor construído com suor e sangue continua acalentar o coração cansado de sofrer.
Um homem adulto, bem casado, freqüenta agora não as lojas badaladas do shopping center e sim o boteco da esquina com os amigos do bairro. Vê seus amigos sorridentes de mãos dadas com suas esposas barrigudas à espera de um filho, e é essa felicidade conjugal que vem outra vez iludir aquele que cheio de dividas contraídas pela sobrevivência, aposta num futuro melhor, sem perceber ainda que desde que nasceu não saiu do lugar, sem perceber que seus sonhos estão se esvaindo. Ele chega em casa sorri para a mulher e diz: quero ter um filho com você.
O filho vem e com ele novas despesas e dificuldades. Sua evolução profissional não é suficiente para arcar com tantos desejos e bocas para alimentar, sua formação acadêmica ficou no passado, estagnada pela necessidade de manter o trabalho à mão, cumprindo as ordens do patrão, trabalhando até tarde, virando a noite para comprar o carrinho do bebê. Nesse momento o homem olha para trás e percebe que trocou valores em sua vida desde que casou, renunciando um projeto de vida que há muito tempo não dá as caras. O sonho está morto.
Apesar disto seu filho crescido e iniciado na sina de proletário segue os mesmos passos do pai. Primeiro sonha, depois se apaixona, casa, e têm um filho que fará a mesmíssima coisa que ele e seu pai fizeram. E distante de tudo isso a vida continua, porque a essência de estar vivo não é aquilo que se conquista e sim a felicidade que se mantém, o homem é do tamanho daquilo que seus olhos podem enxergar e não há fabula ou dinheiro que mude essa perspectiva, seja num campinho de futebol ou no alto da torre Eiffel.
Comentários
Lembro do dia que quis algo - meu segundo parto. Nasci então para o jornalismo e para os galhos.
Estou aqui, birrento que só, brigando com tudo e todos. Mas estou, basta então.
Não há crônica melhor que a guardada em nosso bolso.E digo mais: se quiser ler um bom livro, simples, escreva um.
Em casa darei uma lida melhor ok
Forte abraço
" Ai Said faz um melhor valeu"
Rsrsrsrsrsrsrs
Como sou burro cara!!!
Brincadeira....
E nem sempre é como vc disse no titulo... As vezes (como no meu caso) ele primeiro procria pra depois casar.... rsrsrs
Mas td bem, este é um dos propositos da vida! e por mais q esteja longe o sonho, pq nau continuar sonhando??? Se naum tivermos este sonho, por mais mediocre q seja, o q sobrará pra nós?
Até mais um abraço...